Donald Trump toma posse como presidente dos Estados Unidos para seu segundo mandato

Nesta segunda-feira, 20 de janeiro de 2025, Donald Trump tomou posse como presidente dos Estados Unidos pela segunda vez, marcando o retorno do republicano ao cargo mais alto do país. A cerimônia ocorreu em Washington, adaptada para o clima frio extremo que atingiu recordes históricos, levando as atividades principais para a rotunda do Capitólio e para a arena Capital One, em vez do tradicional evento ao ar livre.

A posse foi conduzida pelo Chefe de Justiça dos Estados Unidos, John Roberts, e o juramento ocorreu às 14h no horário de Brasília. O discurso inaugural de Trump abordou temas como economia, segurança e reformas imediatas, com a promessa de emitir quase 100 ordens executivas para reverter políticas do governo anterior de Joe Biden.

Expectativas para o mandato

O retorno de Trump à presidência traz consigo expectativas polarizadas. Entre os principais compromissos destacados por ele estão:

1. Deportações em massa: O presidente anunciou que intensificará as medidas contra a imigração irregular, promovendo deportações imediatas.

   
   

2. Reformas econômicas: Trump prometeu aumentar tarifas sobre produtos importados e priorizar acordos comerciais favoráveis aos EUA.

   
   

3. Ações ambientais: Ele confirmou que retirará os EUA do Acordo Climático de Paris, argumentando que o pacto prejudica a indústria americana.

   
   

4. Perdões presidenciais: Entre as ações controversas está a concessão de perdões a indivíduos relacionados ao ataque ao Capitólio em 2021.

   
   

Tradições e celebrações

A cerimônia contou com performances musicais de artistas consagrados, como Carrie Underwood, que cantou “America the Beautiful”, e Lee Greenwood, que se apresentou com a clássica “God Bless the USA”.

Os tradicionais bailes também foram destaque: no Baile da Liberdade, estiveram Jason Aldean e Village People. Já no Baile do Comandante-em-Chefe, Rascal Flatts e Parker McCollum animaram os convidados, enquanto o Baile “Luz das Estrelas” teve a apresentação de Gavin DeGraw.

Economia global sob o impacto do novo governo

A presidência de Donald Trump gera preocupações e expectativas no cenário econômico global. Suas promessas de aumentar tarifas sobre produtos importados podem afetar o comércio internacional, especialmente com parceiros estratégicos como China e União Europeia. Essas medidas protecionistas podem desencadear retaliações comerciais e impactar cadeias de suprimentos globais, trazendo incertezas para os negócios.

Ao mesmo tempo, Trump enfatizou que buscará acordos bilaterais que favoreçam os Estados Unidos, o que pode atrair investimentos para setores-chave da economia americana, como manufatura e energia. No entanto, o isolamento em relação a tratados climáticos e comerciais globais pode gerar tensões com outras nações, comprometendo alianças econômicas.

Para os negócios, o foco em reduzir regulações e incentivar produção interna pode beneficiar empresas americanas, mas também trazer custos para importadores e exportadores. No cenário global, as políticas de Trump deverão ser acompanhadas de perto por investidores, que buscarão mitigar riscos em mercados voláteis e identificar oportunidades em meio às transformações.

Desafios pela frente

Com um país dividido, o segundo mandato de Trump é esperado para ser tão tumultuado quanto seu primeiro. Analistas apontam que suas políticas podem aumentar as tensões internas e internacionais, especialmente considerando suas posições agressivas em relação à imigração e ao comércio global.

Clima polárico e alta expectativa

Enquanto seus apoiadores celebram o retorno de um governo focado em políticas de “América em Primeiro Lugar”, seus críticos alertam para um possível aumento de conflitos internos e perda de alianças globais.

Com base no discurso inaugural e nas primeiras medidas prometidas, a administração Trump parece determinada a implementar rapidamente sua agenda política. Os próximos dias serão cruciais para entender a direção que os Estados Unidos tomarão nos próximos quatro anos.

Parceria com Elon Musk

Um dos pontos mais comentados no início deste segundo mandato é a parceria entre Donald Trump e Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX. Essa colaboração foi anunciada como parte de uma iniciativa para fortalecer a inovação tecnológica e a exploração espacial nos Estados Unidos.

Trump declarou que trabalhará em conjunto com Musk para acelerar projetos relacionados à colonização de Marte e ao avanço das tecnologias de energia renovável. Além disso, o presidente mencionou que pretende investir em infraestrutura tecnológica para posicionar os EUA como líder global em inteligência artificial e transporte autônomo.

Elon Musk, que também assumirá o cargo de Conselheiro Especial para Inovação e Desenvolvimento Tecnológico no governo Trump, destacou que a parceria visa não apenas impulsionar os setores de tecnologia e energia, mas também criar milhões de empregos qualificados no país. Musk terá um papel estratégico em iniciativas governamentais que envolvam tecnologia de ponta, explorando sinergias entre o setor público e privado.

Essa colaboração tem gerado expectativas positivas entre investidores, apesar de alguns críticos questionarem o impacto ambiental e ético de alguns dos projetos planejados. Ainda assim, a aliança sinaliza um compromisso renovado com a liderança global dos EUA em inovação e tecnologia, potencialmente moldando o futuro econômico e político do país nas próximas décadas.